Hoje é dia de Carnaval. Segundo as tradições dos antigos, um dia em que nos podemos vestir como que noutra pele... em que podemos libertar o diabinho (será assim tão pequeno?) que há em nós...
Mas será só no Carnaval???...
Quantas máscaras diferentes, ou até mesmo antagónicas, não pomos nós todos os dias?... Quanto do que verdadeiramente somos deixamos transparecer no que fazemos, em como estamos, no que aparentamos? Ou estará antes, mais ou menos, resguardado ao abrigo de uma máscara qualquer?
Máscaras brancas e negras, cintilantes, coloridas... variadas e diversas – algumas tão bem conseguidas que se assemelham com o ser que as criou... tal como qualquer forma de arte tem o cunho do seu artista.
E os anos passam, as rugas aumentam, os cabelos embranquecem... Mas com a idade, maior é a mestria, a habilidade de pôr e tirar... escolher e trocar de máscara... Oh não, não há tremor senil ou artroses que isso limitem...
...A vida - a eterna fase no provador de máscaras.... por diversão, por obrigação, na inocência da ignorância de si mesmo... na habilidade da prática...
Pois no carrocel da vida, em cada dia que passa, é milhentas vezes Carnaval.